CAIO LIUDVIK
Ao lado de Slavoj Zizek e Alain Badiou, o húngaro István Mészáros
talvez seja o maior nome do pensamento de esquerda hoje. Só isso
bastaria para tornar qualquer livro novo dele uma atração em si. E o que
dizer quando este livro é sobre um nome como Jean-Paul Sartre, um dos
ícones da filosofia do século 20 e encarnação suprema da figura do
intelectual engajado nas lutas emancipatórias dos pobres, das minorias,
dos povos colonizados, do Terceiro Mundo?
A Obra de Sartre – Busca da Liberdade e Desafio da História
(Ed. Boitempo, trad. Rogério Bettoni e Lólio Lourenço de Oliveira, 332
págs., R$ 54) não é uma mera reedição, mas sim uma versão revista e
consideravelmente ampliada do livro originalmente publicado por Mészáros
em 1979, pouco antes da morte do próprio Sartre (1905-1980).