domingo, 21 de outubro de 2012

Leopoldo Lugones (1874 – 1938)



Leopoldo Lugones (1874 – 1938), argentino, teve uma atividade jornalística intensa durante toda a vida. Autodidata, Lugones conhecia física, química, biologia, matemática. Também era fascinado pelo mítico e pelo oculto. A isso se deve juntar a influência do modernismo europeu: à semelhança de vários escritores latino-americanos, Lugones passou uma temporada em Paris. Leopoldo Lugones viajou à Europa em 1906, 1911, 1913 e em 1930, ano no qual apoiou o golpe de estado contra o presidente do partido da União Cívica Radical, o idoso Hipólito Yrigoyen.  Ativo politicamente, durante sua vida foi partidário do socialismo, mudando depois para a democracia e, por último, para o nacionalismo fascista e xenófobo. 

O resultado dessas múltiplas influências são contos que em nada  remete ao cotidiano do escritor. Lugones em última análise transitou por gêneros literários como a poesia e literatura fantástica, tendo se aproximado, no fim da vida, de autores como Horacio Quiroga, Jorge Luis Borges e Julio Cortázar. Foi o responsável pela renovação literária na Argentina, um discípulo de Rubén Darío e do modernismo europeu. 

A literatura do final do século XIX e início do XX foi muito profícua na produção da narrativa fantástica, e o conto era a forma ideal para muitos escritores em todo o planeta. No âmbito do continente americano fez-se muito rica essa produção, transformando tal literatura em referência mundial. Tanto os norte-americanos quanto os latino-americanos produziram contos fantásticos que marcaram estilo e deixaram seguidores ao longo do século XX.

 Dos mestres como Edgar Allan Poe e Lovecraft se herdou metodologias para a produção, fato que influenciou Leopoldo Lugones que na Argentina, é referência nacional; porém, essa grandeza literária não conseguiu ultrapassar as fronteiras de seu país, pelo menos é o que parece no Brasil.

Vida conturbada, postura contundente, Lugones se encontrava deprimido no início de 1938, quando chegou a cometer suicídio durante um passeio numa das ilhas Del Tigre.



Por Claudio Castoriadis







Fonte:


OVIEDO, José Miguel. Historia de la literatura hispanoamericana 2; del Romanticismo al Modernismo. Madrid: Alianza Editorial, 2005.

Revista eletrônica de crítica e teoria de literaturas Dossiê: narrativa e realismo – Vol. 05 N. 01 – jan/jun 2009.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Leopoldo_Lugones

Sobre o Autor:
Claudio Castoriaids Claudio Castoriadis é Professor e blogueiro. Formado em Filosofia pela UERN. Criador do [ Blog Claudio Castoriadis ] Tem se destacado como crítico literário.Seu interesse é passar o máximo de conhecimento acerca da cultura >

O Fantasma de Dante se encontra nesse Blog.



É indubitável que o escritor Dante Alighieri, autor da Divina Comédia, provocou perplexidade nos meios intelectuais de sua época, sendo referência entre os grandes nomes da literatura mundial. Não há registro da data exata em que foi escrita, mas as opiniões mais reconhecidas asseguram que o Inferno pode ter sido composto entre 1304 e 1307-1308, o Purgatório de 1307-1308 a 1313-1314 e por último o Paraíso de 1313-1314 a 1321. De tão genial, sua obra foi muito debatida e, acrescentando alguns fatos reais e históricos, juntamente com produtos da imaginação aventuresca humana surgiu “a lenda do fantasma de Dante”.

Segundo a lenda, quando em 1321, Dante Alighieri morreu, não foi possível encontrar partes do manuscrito da sua obra-prima. Durante muito tempo os seus filhos, Jacobo e Piero revistaram a casa de cima para baixo bisbilhotando todos os papéis do pai. Mas, nada foi encontrado.

Então surgiu uma dúvida: será que Alighieri foi um pai insensato a ponto de deixar uma herança em pedaços para seus filhos?  Enfim, muito foi especulado. Mas, certo dia, Jacobo sonhou que vira seu pai vestido de branco e inundado de luz. Perguntou à visão, que no caso era seu pai, se o poema fora completado. Dante acenou afirmativamente e mostrou a Jacobo um local secreto no seu antigo quarto.

Tendo como testemunha um advogado amigo de Dante, Jacobo dirigiu-se ao local indicado no sonho. Por detrás de um pequeno cortinado fixado na parede encontraram um postigo. No interior do esconderijo havia alguns papéis. Retiraram-nos cuidadosamente, limparam-nos com uma escova e conseguiram ler as palavras de Dante. E assim se completou A Divina Comédia.  



Por Claudio Castoriadis


Fonte:

Xuxa Só Para Baixinhos ( Brincadeira gente)
Sobre o Autor:
Claudio Castoriaids Claudio Castoriadis
é Professor e blogueiro. Formado em Filosofia pela UERN. Criador do [ Blog Claudio Castoriadis ] Tem se destacado como crítico literário.Seu interesse é passar o máximo de conhecimento acerca da cultura >
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