quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Gira mundo

Mundo gira
gira mundo
na praça, o sujismundo.
Gira mundo cão
cão gira mundo
gira mundo
mundo gira
o tempo gira
o homem gira
o carro gira
o mundo gira
Tudo gira
A família passa
as revoluções passam
o tempo passa
Tudo passa
mas os incautos não percebem que
a vida também passa.
 
 
Por Alexandre Filho - jovem poeta mossoroense.

Imperscrutável

/Um dia em segredo
Um salto na eternidade
Vou desaguando pelo espaço/

/Eu brinco, grito, deixo as horas
Faço pouco caso do tempo
Deixo acontecer./

/Verde, como eu te quero
Fogo que queima o verde
Lento, covarde, em chamas
Imperscrutável, enfastiado./

/Entropia, poesias, entre linhas
Leve o fardo leve tudo
Se alimente, seja gente
Seja breve , apenas seja/
[...]




Por Claudio Castoriadis

Nelson Rodrigues: um intelectual reacionário panfletário - claro que é uma piada.



Nada mais cretino e mais cretinizante do que a paixão política. É a única paixão sem grandeza, a única que é capaz de imbecilizar o homem. (Nelson Rodrigues)

Dando continuidade em minhas críticas aos bastardos intelectuais da ditadura encontrei essa pérola teatral do "Grande" Nelson Rodrigues.  Paixão sem grandeza? Talvez tenha sido por medo dessa paixão que ele teve uma postura política cretina? Sim, creio que todos devem saber qual foi o lado que o mesmo adotou na época da ditadura? Defendia publicamente a ditadura militar instalada no Brasil em 1964 e se rotulava "o único reacionário assumido do País".  Suas crônicas eram vistas como um apelo para que a polícia prendesse jornalistas. Gritava com a mesma falta de vergonha das putas retratadas em seus textos dedurando colegas e profissionais da classe. 


“Sabemos que o brasileiro é o único povo que faz piada. Se não temos um vampiro, estejam certos: é a piada que torna inviável qualquer Drácula brasileiro. No fundo, no fundo, a piada é um gesto de amor. É ou era. Mas os tempos passam e os usos, costumes, valores, sentimentos vão mudando”. Comparando os humoristas da velha geração com as críticas esquerdistas de seu tempo, finaliza: “Há muitos anos que não acho graça nos humoristas brasileiros. Mas sempre achei que o defeito era meu. (Nelson Rodrigues) Enfim, um intelectual reacionário panfletário - claro que é uma piada. 



Por Claudio Castoriadis
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