sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

O estado crítico atual e sem precedentes da nossa democracia de longe lembra uma possível harmonia dos três poderes.



O estado crítico atual e sem precedentes da nossa democracia de longe lembra uma possível harmonia dos três poderes. A doença golpista deseja centralizar o poder político e mumificar nossa autoestima emancipatória. O STF e o procurador-geral da República descaradamente formam uma notória parte constitutiva da crise no sentido forte da expressão - peçonha. O sistema não se encontra apenas exposto, mas também sem moral para gritar suas chagas.

Os cães estão latindo, é fogo pra todos os lados. Uma ressalva se impõe de imediato: a presidenta Dilma Rousseff completou metade de seu mandato com 78% de popularidade, adentrado 2013 com o desafio de conter a desaceleração da economia, pôr em prática o pacote qualitativo na infraestrutura e logística sem perder de vista seu primordial objetivo: ampliar o alcance dos programas sociais e tirar cerca de 6 milhões de brasileiros da extrema pobreza.

No combate à pobreza os números foram positivos em 2102, mas ainda restam 3,4% da população do país na extrema pobreza, cerca de 6,5 milhões de brasileiros. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), lançado no fim de dezembro, mostrou que a criação do Programa Brasil Carinhoso, um braço do Brasil sem Miséria voltado a crianças de até seis anos, alcançou bons resultados na retirada de brasileiros da faixa de extrema pobreza, principalmente nessa faixa etária. Por conseguinte, as novas formas de apartheid, a diferança social e as favelas findaram em ideias vazias.

As empreitadas monstruosas da elite contra o governo vigente é um ato violento a que se deve resistir, igualmente, com meios adequados e estratégicos.  Os sinais da atual crise apontam para a necessidade de repensar a qualidade dos nossos líderes, repensar quem está do lado de quem - as aberrações e nuances dos meios de comunicação, os poderes monopolistas da mídia têm de ser abalados. Por essa razão, devemos acreditar na prática de uma política limpa, emancipatória; uma explosiva combinação de diferentes grupos que não foram seduzidos pelos encantos do PIG, grupos que não foram condenados ao mundo generalizado da alienação, da imbecilidade e mercantilização das relações sociais. Eu ainda acredito na presidenta Dilma Rousseff. Mesmo sabendo que a mesma vai enfrentar um ano delicado. Mas a recompensa será a oportunidade de uma mudança histórica para o futuro do País. Extrema pobreza: que esta não seja a tônica dominante em nosso sistema. Pobreza de informação, de caráter, espírito, sujeira reacionária dominante.







Por Claudio Castoriadis



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Sobre o Autor:
Claudio Castoriaids Claudio Castoriadis é Professor e blogueiro. Formado em Filosofia pela UERN. Criador do [ Blog Claudio Castoriadis ] Tem se destacado como crítico literário.Seu interesse é passar o máximo de conhecimento acerca da cultura >

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