sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A doutrina do dízimo em baixo tom?



Eu particularmente penso, em “baixo tom”, que o dízimo em seu sentido teológico ou antropológico não tem mais a função de outrora. Em um contexto histórico existia um motivo específico para o dízimo no que se infere a figura do líder religioso e determinada instituição. Hoje em dia é sem fundamento o argumento que desgasta a fé e o sentido da palavra - com o tempo os valores mudam e as coisas da mesma forma. Em muitas situações o fiel perde o sentido da sua participação religiosa, o caráter sagrado da fé é bruscamente abusado. A problemática ganha outra proporção quando o seguidor passa a desempenhar o papel meramente passivo. Ninguém deveria ser alienado, nem obrigado a dar, psicologicamente, valor algum para ser abençoado por Deus. Desse modo, torna-se um bem aventurado assistente ou o dono da festa, aquele detentor de direitos, podendo exigir o que queira, mesmo em detrimento das necessidades espirituais de um grupo. Consequência? Tudo lhe é místico e estranho, ganhando uma estética supersticiosa. Por conseguinte, temos a frieza ao ritual litúrgico, como se nada significasse. Enfim, Sobre o dízimo, existe uma diversidade de argumentos, há quem diga que as passagens bíblicas que falam sobre a entrega de 10% à obra no Velho Testamento ainda valem para o Novo Testamento, há também aqueles que desacreditam por completo dos textos "sagrados", e há quem discorde, afirmando que a partir de Cristo, a Lei foi ultrapassada, e que os critérios são outros, em todos os aspectos, incluindo a doutrina do dízimo. 





Por Claudio Castoriadis
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