quarta-feira, 26 de junho de 2013

Turbilhão de protestos no Brasil: cuidado, complexo Che encubado




Depois desse turbilhão de protestos no Brasil, do norte para tudo que for Brasil, uma frase de uma tal de Bismarck poderia resumir algumas questões que a moçada ainda teima em desconstruir:  a política é arte do possível. Falo isso, tendo em mente uma reforma política de acordo com o sistema sem a necessidade de romper com o sistema democrático. Creio que "revolução" é uma palavra forte que ainda deve ser estudada com rigor antes da sair quebrando tudo, uma batalha de todos contra todos. Os grandes movimentos devem acontecer. Porém, de maneira  espontânea, como a maioria dos movimentos populares foram desde o século dezessete.


No nosso tempo uma falsa consciência de liberdade foi despertada na rua ( denomino complexo Che encubado) mas como funciona essa crise? Na forma de um movimento “apartidário”. Com isso, temos grupos se comportando feito ovelhas clamando atenção para  os oportunistas de plantão: seja de esquerda, direita, de cima ou em riba!

Desorganizado e desinformado o tiro pode ser no escuro, mirar no leão e acertar no viado, daí o escombro que se pretende sair pode se aprofundar: pois é chapa, se a economia brasileira afundar em um abismo sem volta? Um ponto negativo: o Estado terá menos recursos para bancar os hospitais e consertar suas falhas no contexto público. Ser sério, não significa em destruir a política que temos, assim, do nada! A arte de viver com o próximo, mesmo as coisas estando como estão, é equivalente à capacidade de proteger o espaço da política contra exigências oriundas do impossível.  Digamos que tudo seja quebrado? E agora? Quem vai bancar? Aqueles que sempre pagaram impostos, trabalhando a vida inteira sem o direito a nada? Os marginalizados serão cada vez mais massacrados, e vão por mim, eu não desejo isso para eles, afinal, eu sou um deles, eu trabalhei com eles, lutei com eles. O setor público, nunca foi um santo pela minha gente, um demônio? chegando perto. Mas, nós acreditamos, minha gente rala em  programas sociais. Nossa barreira? Sempre foi o muro  do preconceito social , porém, a moçada aqui, ainda está de cabeça erguida. E juntos ainda vamos fazer mais do que barulho pelo nosso próximo.



Por Claudio Castoriadis
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