sábado, 27 de julho de 2013

Por trás da casa




Aquilo que foi ontem

Desmente o agora

O instante



Chamava-se eu,



Mas agora está mudado

Magro, consumido

Pela fome



Tuas cinzas

De longe lembram

As mesmas



Por trás da casa

ruas desagradáveis



Onde despertas?

Sombras, pálidos raios?



E o velho se calou
 Embotou seu silêncio

Levando consigo

O peso do corpo

Como deleite

Da alma



Por Claudio Castoriadis
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