Walter Benjamin é um dos filósofos mais significativos da modernidade,
somente reconhecido enquanto tal após sua trágica morte, durante a fuga das
forças nazistas. Em vida ele era respeitado enquanto intelectual apenas em seu
círculo de pensadores, como Ernst Bloch e T. W. Adorno, que tomou a iniciativa
de editar toda sua obra postumamente. Nasceu no seio de uma família judaica,
filho de Emil Benjamin e Paula Schönflies Benjamin, comerciantes. Na
adolescência, participou do Movimento da Juventude Livre Alemã, de tendência
socialista.
O que mais interessa na obra
crítica de Benjamin é a abordagem de temas concretos da literatura, da arte,
das técnicas, da vida social, etc., sem abandono do rigor conceitual. Benjamin
é, por isso, além de filósofo, um crítico de ideias e fatos.
Entre seus ensaios destacam-se
"As afinidades eletivas de Goethe", "Sobre alguns temas em
Baudelaire", "Teses sobre filosofia da história", "A obra
de arte na era de sua reprodutibilidade técnica".
Quando
Walter Benjamin se matou, aos 48 anos, em setembro de 1940, fugindo da polícia
francesa do regime de Vichy (pró-Hitler) e barrado na fronteira com a Espanha
pela polícia franquista, vivia exilado e desempregado em Paris. Sem jamais ter
conseguido um posto de professor na universidade, mantinha-se como crítico
literário, com um pequeno auxílio do Instituto de Pesquisa Social, embrião da
escola de Frankfurt
Havia publicado poucos livros,
alguns artigos, várias resenhas, mas as portas se fechavam cada vez mais para
ele em razão de sua origem judaica alemã. Era conhecido num pequeno círculo de
amigos, em sua maioria escritores que fugiram do nazismo: Brecht, Adorno,
Scholem, e, em Paris, também Bataille e Klossovski.
Seu
primeiro texto traduzido no Brasil foi "A Obra de Arte na Era de sua
Reprodutibilidade Técnica". O ensaio introduz hipóteses essenciais para
uma teoria da arte contemporânea, marcada, segundo Benjamin, pela
"reprodutibilidade técnica", central na fotografia e no cinema, que
abole progressivamente a 'aura' de unicidade e de autenticidade da obra de
arte.
Walter Benjamin também contribuiu para o estudo da linguagem ao dar destaque para o caráter mágico da linguagem, ao mesmo tempo em que demonstrou preocupações quanto à instrumentalização que dela se fez, especialmente a partir da modernidade.
Juntamente com as novas leituras, os desdobramentos da dimensão teórica em Walter Benjamin são reelaborados, adquirindo novos contornos sem perder sua originalidade. Um pensamento pautado na ação de esperar o que se deseja e a confiança naquilo que se espera. Esperança, uma palavra que transmite muito daquilo que encontramos nesse filósofo judaico alemão.
Juntamente com as novas leituras, os desdobramentos da dimensão teórica em Walter Benjamin são reelaborados, adquirindo novos contornos sem perder sua originalidade. Um pensamento pautado na ação de esperar o que se deseja e a confiança naquilo que se espera. Esperança, uma palavra que transmite muito daquilo que encontramos nesse filósofo judaico alemão.