terça-feira, 8 de outubro de 2013

Fechar os olhos para ver




Sorte daquele que sabe fechar os olhos para ver. Em tempos de mercado teleguiado, uma palavra, propaganda, ideia é bem maior que a pessoa que veste a marca marcando um proprietário. Eu sei, pode ser exagero, ou paranoia de quem olha e mira na alienação industrial (Consumo). Como se não bastasse o tempo que se faz pouco, ainda temos pensamentos privatizados num curto espaço que ficou reservado. Pelo menos ainda sou alguma coisa, isto é alguma coisa, em mudança, na mesma linha, design humano. Vida, longa metragem, sem edição no formato: "aos vivos", em cores, online. Acho estranho, uma mente privatizada.

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Abre aspas, de onde tirei essas ideias? Fecha aspas, ainda é madrugada.


Juntando tudo que foi dito, prefiro concentrar um sentimento agridoce: “eu sei que lá no fundo há tanta beleza no mundo” (Pitty). Faz sentido, acredito nisso, desde que encontrei na contra mão da vida um ponto de apoio, absolutamente particular! Ainda não privatizado.


Eu me sinto bem com isso tudo, pessoas, lugares, pensamentos, perspectivas. Meu pensamento é apenas meu (Alegrias, dores, privações). Seja um segredo, uma beleza desconhecida, um sentimento amassado em uma carteira, o importante é sentirmo-nos em harmonia com as diferentes maneiras de pensar, livre ou não, a beleza ainda está lá, em algum lugar esperando o momento certo para entrar em cena. 


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Por Claudio Castoriadis
Imagem: Caras- Ionut


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