sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Fernanda Albano: uma realidade que se oferece enquanto apresentação sensível


Gosto da escrita, eu diria que ela faz parte da minha vida desde quando a imagem  fez de mim uma paisagem ponte para meu pensamento. Do suspiro temos uma escrita, de uma palavra temos uma imagem. Tudo incluído é uma unidade de partida para uma apropriação e produção de imagem sentimento. A imagem quando bem retratada é ponto de partida e meio para ascender ao conceito, efêmero mediador, simples ou aparição. Uma realidade que se oferece enquanto apresentação sensível de uma ordem que só nela e por ela se dá a ver.


Quem conhece o trabalho da fotografa Fernada Albando faz ideia dessas  palavras. O alvo do seu trabalho retrata o conceito da simplicidade - vida  em  sua grandeza estética. Contemplar, ver a criação em transformação; um mundo com o qual é permitido intervir, sentir no abstrato, concreto, imagem em movimento.


Sua arte tem algo ainda não revelado que abriga o compromisso com a vida. A sacralização da  compreensão cosmológica. Reenvia o presente, o instante positivo e reproduzido pela afirmação do ser; inquietação  pela sua capacidade de veicular a realidade dotada de um ser próprio quando se faz imagem alteridade. 



Por Claudio Castoriadis
Fotos: Fernanda Albano
Página da autora: 

Espinosa: a felicidade humana “beatitude”.


A reflexão filosófica tem corredores, curvas, e veredas em si, no seu interior temos conflitos, castelos conceituais, esconsos e masmorras; poderia ser uma desordem, algo caótico,  poderia ou pode? Sem desconsiderar esses detalhes extraordinários podemos pensar a radicalidade do filósofo Espinosa.

Espinosa nasceu em um bairro judeu de Amsterdam no dia 24 de fevereiro de 1632. Sua filosofia radicaliza a tradição judaico-cristã ao formular uma ética amparada por um modelo metafísico: Deus, natureza, única substancia. Spinoza chama de substancia aquilo que verdadeiramente existe, o ser interior ou a essência. Substancia é aquilo eterno, imutável, é aquilo que pode ser pensado como tendo existência completamente independente e do qual todo o resto participa como forma ou modo transitório. Porque não pode ser explicada por nenhuma outra coisa, ela deve ser sua própria causa, ou necessariamente existente. "Além de Deus, nenhuma substância pode ser dada ou concebida". Essa proposição sintetiza a confiança pessoal do autor na medida de todas as coisas:  "Deus" idêntico ao universo; tudo que existe, sob qualquer forma, é parte de Deus. Esta proposição conflita com a ideia mais comum de que Deus é transcendente, distinto da sua criação, amputado do mundo físico e dos homens.

 ***

Estudar suas teorias consiste em compreender uma manifestação característica do pensamento do século XVII, a projeção metafísica do movimento da natureza. Sua filosofia é considerada uma resposta ao dualismo da filosofia de Descartes (1596-1650).

No centro do sistema espinosano, existe uma única substancia e esta substância é Deus. Segundo o dualismo cartesiano, o ser humano se relaciona de tal modo com um Deus Criador que sua alma racional pode continuar existindo mesmo que sua natureza corpórea desapareça. Em Espinosa temos Deus e natureza na mesma realidade, unicidade – o que significa na prática uma teoria que rompe inteiramente com a tradicional concepção de um Deus pessoal, bom, criador de um mundo.


Por Claudio Castoriadis 

estudar Espinosa é compreender uma manifestação característica do pensamento do século XVII e, em especial, a projeção metafísica da então nova conceção mecânica da Natureza - See more at: http://www.joaquimdecarvalho.org/artigos/artigo/82-Introducao-a-etica-de-Espinosa#sthash.URjGtjDF.dpuf
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