quando o mundo passar
ainda teremos a brandura
do esquecimento.
a dor será dispersa
as pulsões sublimadas
o medo desenganado
o corpo enzimático
espuma cartilagem
como se tivessem pulmões
como se tivessem pulmões
as nuvens respiram minha carne
esmagam meus ossos daquilo que um dia foi
aproveitam-se faianças
feldspáticas
o som do fim dedilhando elementos percussivos
lá adiante com calma explodimos
Por Claudio Castoriadis
Imagem fonte web