No seu artigo, publicado no
The Stringer este sábado, Julian Assange menciona uma reunião que teve, em
2011, com Eric Schmidt, o então presidente da Google. O representante da
empresa de internet visitou Assange em Londres, quando este se encontrava em
prisão domiciliária.
O pretexto da visita era que o
presidente da Google estava a escrever um livro, 'The New Digital Age' que, ao
ser publicado, recebeu boas críticas por parte de vários políticos como Bill
Clinton, Tony Blair ou Henry Kissinger.
Mas, segundo Assange, o
interesse de Eric Schmidt, detentor de um capital de mais de 4500 milhões de
euros, não eram as vendas, mas sim que Washington o encarasse como um parceiro
e o ajudasse nos seus interesses geopolíticos. “Aliando-se aos EUA, a Google
consolida assim a sua própria segurança, em detrimento de todos os
competidores”, esclarece Assange.
A visita do presidente da
Google, que se fez acompanhar pela sua namorada Lisa Shields, vice presidente
de Comunicações da CFR – e que o Wikileaks veio a comprovar ser utilizada como
canal de comunicação não oficial de Hillary Clinton -, Scott Malcolmson,
ex-conselheiro sénior do Departamento de Estado, e Jared Cohen, ex assessor
tanto de Hillary Clinton como de Condoleezza Rice, terá sido, na realidade, e
segundo o fundador do Wikileaks, uma visita não oficial do Departamento de
Estado dos EUA.
“Que a Google estava a receber
dinheiro da NSA para facultar dados pessoais dos utilizadores não é surpresa.
Quando a Google encontrou o mundo grande e mau, tornou-se grande e má”, remata
Julian Assange.
Fonte: http://www.esquerda.net/